Dos chips à disputa com o Japão Pequim pressionou os Estados Unidos?
Trump autoriza exportação do chip H200 da Nvidia para a China, gerando controvérsia em Washington
O presidente Donald Trump autorizou, em 9 de dezembro, a venda do chip de inteligência artificial H200 da Nvidia para a China, desde que as remessas sejam tributadas com 25%. A medida mantém a proibição sobre os chips mais avançados da família Blackwell. O governo determinou que o Departamento de Comércio fará a supervisão das exportações e indicou que outras fabricantes, como AMD e Intel, também poderão receber autorizações semelhantes.
Principais pontos — Autorização do H200 com 25% de tarifa; Blackwell segue proibido; fiscalização pelo Departamento de Comércio; reação de congressistas e preocupações de segurança nacional.
Reações do Congresso
A decisão provocou críticas bipartidárias. A senadora democrata Elizabeth Warren pediu que o CEO da Nvidia e o chefe do Departamento de Comércio compareçam a uma audiência no Congresso para explicar a aprovação. Legisladores expressaram preocupação sobre riscos à segurança nacional e questionaram como o Departamento de Justiça lidará com casos de possível contrabando do chip.
“Senadores exigem explicações sobre riscos e supervisão do processo”, resumiram assessores do Congresso.
Segurança nacional e competição tecnológica
Fontes do governo disseram que a decisão foi tomada após avaliar a evolução de empresas chinesas, como a Huawei, no setor de IA. As autoridades consideraram opções que iam de um veto total a uma liberação ampla para pressionar concorrentes chineses. Optou-se por uma solução intermediária: liberar o H200 para exportação, mas reter os modelos mais potentes para clientes nos Estados Unidos.
O governo avaliou que o risco associado ao H200 era menor, em parte porque sistemas domésticos chineses já apresentam desempenho similar, segundo relatos de oficiais.
Contexto regional: Estados Unidos, China e Japão
A Casa Branca afirmou que o presidente Trump pode manter uma relação funcional com a China enquanto preserva a aliança com o Japão. Porta-vozes oficiais frisaram que os laços com o Japão seguem fortes, especialmente em comércio e cooperação entre líderes.
Observadores lembraram recentes tensões entre China e Japão, incluindo a presença de seguranças chineses junto à embaixada japonesa no mês anterior. Relatos indicam que o presidente permaneceu sem comentar publicamente pressões chinesas sobre o Japão relativas ao apoio de Tóquio a Taiwan.