Você vai às urnas no Chile por causa da crise de segurança


Eleições no Chile: você vai votar em meio a uma onda conservadora impulsionada pela segurança

O que está em jogo hoje

Hoje, cerca de 15 milhões de chilenos estão aptos a ir às urnas. Esta é a primeira vez desde 2012 que o voto presidencial será obrigatório. Para regras oficiais, consulte a informação oficial sobre o voto presidencial. As pesquisas indicam que um candidato da direita deve disputar um segundo turno com a governista Jeannette Jara. (Reportagem relacionada: https://noticias.r7.com/internacional/cerca-de-15-milhoes-de-chilenos-vao-as-urnas-hoje-motivados-por-crise-na-seguranca-16112025/)

Por que a segurança domina a eleição

A segurança pública e a migração foram os temas centrais da campanha. Diversas pesquisas de opinião sobre segurança pública confirmam essa prioridade entre os eleitores. Pesquisas recentes mostram que a maior parte da população identifica a insegurança e o narcotráfico como os principais problemas do país. Essa percepção levou muitos eleitores a apoiar propostas mais duras e candidatos conservadores.

O que dizem os números sobre crime e medo

Dados oficiais e estudos apontam mudanças nas taxas criminais e na sensação de insegurança. As taxas de homicídio subiram de 4,2 para 6 por 100 mil habitantes desde 2016. Análises comparativas podem ser consultadas nas estatísticas internacionais sobre homicídios no Chile. Entre 2022 e 2024, os sequestros registraram aumento de 27,8%. Segundo dados e comunicados da polícia chilena, estima-se que 2.000 celulares são roubados por dia — cerca de 500 mil por ano. Estima-se também que 337 mil imigrantes vivem em situação irregular no país.

Especialistas em estudos latino-americanos destacam que existe uma ligação preocupada entre criminalidade e migração na fala pública, mas alertam que atribuir o aumento da violência a toda a população imigrante é uma visão exagerada e imprecisa.

Relatórios mostram que a maioria dos crimes mais graves é cometida por chilenos, embora estrangeiros — principalmente venezuelanos e colombianos — apareçam em uma fração dos casos.

Quem são os principais candidatos

Entre os nomes em disputa, há figuras de várias correntes da direita e a representante do governo:

  • Jeannette Jara (corrente de esquerda, ex-ministra) aparece na frente nas pesquisas com 26%.
  • Do lado conservador: José Antonio Kast (21%), Johannes Kaiser (14%) e Evelyn Matthei (14%).
  • O independente Franco Parisi tem cerca de 10%.

Analistas dizem que a fragmentação inicial da direita pode se transformar em união no segundo turno, com transferência significativa de votos entre os candidatos conservadores. Para perfis e projeções, veja análises sobre candidatos e cenários eleitorais.

Cenário para um segundo turno

Projeções mostram que, em um eventual confronto em dezembro, Jara perderia para qualquer um dos candidatos de direita. As simulações indicam vantagem de Kast sobre Jara e resultados semelhantes contra Matthei; contra Kaiser, a diferença seria menor. Observadores atribuem a ascensão da direita a vários fatores: a avaliação negativa do governo do presidente Gabriel Boric, a centralidade de temas como segurança e economia, e o desgaste das pautas de direitos humanos no debate público.

Fonte e leitura complementar